Dia Mundial do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)

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Pela Enf.ª Lays Ferraz (Enfermeira Teleconsultora)

Você sabia?

No dia 13 de julho foi instituído o Dia Mundial do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), a fim de conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico e tratamento, direitos e inclusão das pessoas que possuem o transtorno.

Os portadores do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) apresentam algumas alterações dos sistemas motores, perceptivos, cognitivos e do comportamento, comprometendo a aprendizagem, e está localizada na região frontal do cérebro, essa parte é responsável por controlar os comportamentos inadequados e impulsivos. Alguns cientistas já compararam com imagens de um cérebro de uma criança com distúrbio com a outra sem o distúrbio e não perceberam nenhuma alteração física neurológica no cérebro.

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição do neurodesenvolvimento que afeta crianças, adolescentes e adultos em todo o mundo. Um transtorno neurobiológico, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo até a fase adulta. Afeta um elevado número de crianças em idade escolar e pré-escolar e ocorre como resultado de bases multifatoriais, com fatores genéticos, biológicos, sociais e neuropsicológicos.

Crianças com TDAH podem apresentar dificuldade em prestar atenção, seguir instruções, completar tarefas escolares, manter a organização e controlar impulsos. Esses sintomas podem levar a problemas acadêmicos, dificuldades nas relações sociais e baixa autoestima.

Em adultos, dificuldades como o gerenciamento do tempo, organização, resolução de problemas, motivação, memória a curto prazo, entre outros, podem afetar a

rotina do paciente.

O TDAH se manifesta nestas principais características: desatenção, hiperatividade e impulsividade. O diagnóstico correto é feito de modo clínico com auxílio de profissionais especializados, como neurologistas, psicólogos e psiquiatras. Fortunato afirma que após a confirmação do diagnóstico deve-se iniciar um trabalho sério e definitivo, com métodos pedagógicos eficientes onde a participação de pais, instituição e professores estejam sincronizados, envolvidos e comprometidos com a qualidade de vida e a aprendizagem do estudante na sua formação humana como um todo. (FORTUNATO, 2011, p. 73-79)

O diagnóstico tardio pode trazer prejuízos significativos para o indivíduo tanto na área acadêmica, social, lazer e familiar. Por isso a importância da avaliação precoce e com a participação de uma equipe multidisciplinar. A avaliação do TDAH é baseada em critérios bem definidos, como os que constam no Manual Estatístico e Diagnóstico de Transtornos Mentais da Sociedade Americana de Psiquiatria.

O tratamento para TDAH difere para cada paciente, mas, na maioria dos casos, envolve uma combinação de medicamentos e psicoterapia, para aliviar sintomas e treinar habilidades que possam ser usadas na rotina dos pacientes com o objetivo de melhorar a qualidade de vida.

Referências Bibliográficas:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DÉFICIT DE ATENÇÃO. Ajustes, adaptações e intervenções básicas para alunos com TDAH. 2016a. Disponível em: https://tdah.org.br/ajustes-adaptacoes-e-intervencoes-basicas-para-alunos-comtdah. Acesso em: 30 jun. 2024.


BARKLEY, Russel A. Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade: guia completo e autorizado para os pais, professores e profissionais da saúde. Porto Alegre: Artmed, 2002.

FORTUNATO, S. A. O. A escola e o TDAH: práticas pedagógicas inovadoras pós diagnóstico. X Congresso Nacional de Educação – Educere; I Seminário Internacional de Representações Sociais, Subjetividade e Educação – SIRSSE – PUC. Nov. 2011. Disponível em: Acesso em: 02 maio 2024.

SILVA, A. B. B. Mentes inquietas: TDAH: desatenção, hiperatividade e impulsividade. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.