Por: Vanessa Tavares de Gois Santos - Teleconsultora Odontóloga
Você sabia?
O vírus H3N2 é uma nova variante do vírus Influenza A, um dos principais responsáveis pela gripe comum e pelos resfriados (1).
Os vírus responsáveis pela ocorrência da influenza são classificados em subtipos A, B e C. O tipo ‘A’ ainda é subdividido em A(H1N1), cepa que já possui vacina, e atualmente a cepa A(H3N2), chamada também de cepa Darwin; responsável pelo grande aumento de casos de gripe nos últimos meses. A primeira identificação dessa nova variante aconteceu nos laboratórios do Instituto Oswaldo Cruz – IOC/Fiocruz no Rio de Janeiro (1,2).
O modo de transmissão é similar ao modo de transmissão da gripe comum e da Covid-19. Pode ser transmitida de pessoa a pessoa por meio de gotículas liberadas no ar quando um indivíduo possuidor do vírus espirra, tosse ou fala muito próximo a outras pessoas. Ou quanto se tem contato com as secreções de alguém contaminado. Da mesma forma que o modo de transmissão, os sintomas também são semelhantes, podendo o indivíduo apresentar febre alta, tosse, garganta dolorida e inflamada, dor de cabeça, dores no corpo e articulações, cansaço, calafrios, perda de apetite, mal-estar, vômitos (1,2).
Apesar de muitos pacientes apresentarem sintomas, a maior parte dos casos apresenta evolução benigna com a utilização de medicamentos sintomáticos. Entretanto, outros podem evoluir com maior gravidade, necessitando de tratamento específico e internação hospitalar (3).
É importante deixar claro que há um tempo para manifestação dos sintomas depois que a pessoa é contaminada pelo vírus, ou seja, somente após cerca de 3 a 5 dias o indivíduo começa a apresentar sintomas; também há a possibilidade de a pessoa estar doente e não ter sintoma aparente, entretanto ela pode transmitir a doença para outras pessoas.
É imprescindível reafirmar as recomendações das medidas de prevenção e proteção para a H3N2, que são basicamente as mesmas que já utilizamos para a prevenção da Covid-19. Deve-se manter distanciamento social, evitar aglomerações, lavar constantemente as mãos, uso de máscaras e praticar a etiqueta respiratória (ao tossir ou espirrar, usar lenço de papel para cobrir nariz e boca; caso não tenha lenço descartável disponível, utilizar o antebraço como anteparo e não as mãos) (1,2).
O Brasil possui vacinas que protegem contra o vírus Influenza A e B, no entanto, elas ainda não são específicas para a variante H3N2 (1).
Em Sergipe, desde dezembro de 2021, o aumento dos casos de síndrome gripais vem causando sobrecarga nos serviços de saúde públicos e privados do Estado. Em boletim epidemiológico emitido dia 05 de janeiro de 2022 pela Secretaria de Estado da Saúde, de 691 amostras positivas para influenza A, 655 foram de Influenza A H3N2 e 36 Influenza A não subtipado. Dos 75 municípios de Sergipe, 49 já possuem circulação do vírus. Até o fechamento do boletim, havia 26 óbitos confirmados pela influenza A em Sergipe, distribuídos em 15 municípios (3).
Ao sentir sintomas gripais, o indivíduo deve procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência, a fim de buscar orientações médicas e preferencialmente realizar os testes para Covid-19 e Influenza.
Cuidar da saúde é cuidar de todos!
Previna-se e fique atento(a)!
REFERÊNCIAS:
- 1.Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde – BVS. Notícias. H3N2: novo vírus influenza em circulação no país. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/h3n2-novo-virus-influenza-em-circulacao-no-pais/
- 2.Instituto Oswaldo Cruz – IOC/Fiocruz. Notícias. H3N2 Darwin: saiba mais sobre o tipo do vírus influenza em circulação no país. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/h3n2-darwin-saiba-mais-sobre-o-tipo-do-virus-influenza-em-circulacao-no-pais
- 3.Governo de Sergipe. Secretaria de Estado da Saúde. Diretoria Estadual de Vigilância em Saúde. Alerta Epidemiológico – nº 03/Influenza de 05 de janeiro de 2022. Disponível em: https://www.saude.se.gov.br/wp-content/uploads/2022/01/alerta-epidemio-3-05-DE-JAN-1.pdf






