Autoria: Janaina Eduarda Amarante Gonçalves Bispo – Analista em Gestão de Educação à Saúde da Funesa
A pneumonia é uma infecção respiratória aguda ocasionada por bactérias, fungos, vírus ou inalação de gases tóxicos que afetam os pulmões através de aerossóis, correntes de ar e centrais de ar. É uma patologia que pode acarretar em quadros leves, mas também ocasionar severos danos à pessoa acometida. No Brasil, tem sido a principal causa de internações hospitalares, com uma média de 960 mil casos por ano sendo a quinta causa de óbitos.
A pessoa acometida por pneumonia sofre uma desordem orgânica, com bloqueio das vias respiratórias na captura de gases, inflamação nos bronquíolos e alvéolos, produção de muco com consequente congestão. O prognóstico com melhora depende de diversos fatores, como o estado imunológico do indivíduo, escolha correta de tratamento e condições ambientais de estadia do paciente.
Sintomas
– febre alta;
– tosse;
– dor no tórax;
– alterações da pressão arterial;
– confusão mental;
– mal-estar generalizado;
– falta de ar;
– secreção de muco purulento de cor amarelada ou esverdeada;
– toxemia (danos provocados pelas toxinas carregadas pelo sangue);
– prostração (fraqueza).
Há riscos aumentados em caso de internamento hospitalar devido à exposição a agentes infecciosos do próprio ambiente. Inclusive muitos pacientes com outras condições, ao serem internados, sofrem o risco de desenvolver “pneumonia hospitalar” devido à contaminação local. Sendo a contaminação fora de um ambiente hospitalar, a pneumonia é nomeada de “pneumonia adquirida na comunidade”.
A etiologia mostra que dentre os microrganismos que mais desenvolvem pneumonia são identificáveis na maioria dos casos a ocorrência de:
– Streptococcus pneumoniae
– Haemophilus influenzae
– Pseudômonas aeruginosas
– Enterobactérias (klebsiela, escherichia coli)
– Staphylococcus aureus
– Bactérias atípicas
– Infecções mistas, envolvendo bactéria, e um agente atípico ou viral
A pneumonia pode afetar diferentes pessoas, de faixas etárias diversas, porém há uma preocupação maior com relação às crianças e idosos. As crianças consideradas saudáveis possuem meios de defesas do próprio organismo para combater infecções, como também ocorre em outras idades. Porém, em pessoas debilitadas, o sistema imunológico se encontra frágil ou imunocomprometido, o que facilita a instalação de doenças.
A maneira de dirimir o risco de pneumonia é através da vacinação contra bactérias e vírus que podem acometer o sistema respiratório (tanto em crianças como em idosos), adequada higienização das mãos, prevenção respiratória na comunidade (o uso de máscaras e evitar aglomeração em casos de surtos epidemiológicos), segurança alimentar e a manutenção de ambientes saudáveis.
A Organização Mundial de Saúde tem reforçado o pedido para que os governos dêem prioridade à prevenção e o combate à doença, pois, a pneumonia é um dos problemas de saúde pública com maior possibilidade de resolução no cenário global de pessoas afetadas (milhões em todo mundo). E vem a caracterizar o dia 12/11 com o Dia Mundial Contra a Pneumonia.
REFERÊNCIAS
Nogueira et al. Fisiopatologia Pneumônica: aspectos epidemiológicos, diagnóstico e tratamento. Revista Recifaqui, v. 3, n. 11, 2021.
Ministério da Saúde. Pneumonia. Biblioteca Virtual em Saúde. Disponível em : https://bvsms.saude.gov.br/pneumonia-5/.
Sociedade Brasileira de Pediatria. Pneumonia Adquirida na Comunidade na Infância. Documento Científico, nº3, Julho de 2018.
Moraes Figueiredo, Luiz Tadeu. Pneumonias virais: aspectos epidemiológicos, clínicos, fisiopatológicos e tratamento. J. bras. Pneumol, nº 35, v 9. Setembro , 2009. https://doi.org/10.1590/S180637132009000900012

 
					 
					 
		




