16/09 – Dia Mundial do Doador de Medula Óssea

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Por: Marcella Cristina Halliday Muniz - Teleconsultora Médica

Você sabia?
O Dia Mundial do Doador de Medula Óssea, celebrado todos os anos no terceiro sábado de setembro, é uma iniciativa da Associação Mundial de Doadores de Medula Óssea para sensibilizar a população acerca da importância do registro como doador de células-tronco e o impacto do transplante destas células na vida das pessoas que necessitam deste tipo de tratamento (1,2).

É na medula óssea que se localizam as células-tronco sanguíneas, responsáveis pela geração de todo o sangue (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). Essas são as células substituídas no transplante de medula (3).

O transplante de medula óssea é um tratamento indicado para doenças relacionadas com a fabricação de células do sangue (leucemias, linfomas, anemias graves) e com deficiências no sistema imunológico. O procedimento consiste na substituição de uma medula óssea doente por células normais da medula óssea doada, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula saudável (3).

A doação de medula óssea pode ser aparentada ou não aparentada. No primeiro caso, o doador é uma pessoa da própria família, em geral um irmão ou um dos pais. Há cerca de 25% de chances de encontrar um doador compatível na família. Havendo um irmão totalmente compatível (100%) este será a primeira escolha para ser um doador. Caso contrário, inicia-se a busca de alternativas para a realização do transplante (4).

As informações dos pacientes que necessitam de transplante sem um irmão compatível são incluídas no Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (REREME). Os doadores são cadastrados no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME). Os dados dos dois registros são cruzados para verificar a compatibilidade entre pacientes e doadores.

Essa busca é automática, e feita todos os dias. Um resultado preliminar aponta uma lista de possíveis doadores compatíveis; então o médico assistente analisa, dentre estes possíveis doadores, qual tem chance de ser mais compatível com o paciente. Na sequência, são feitos contatos com os voluntários e solicitados os exames complementares (4).

Como se tornar um doador (3)?

Para se tornar um doador voluntário de medula óssea, é preciso ir ao Hemocentro mais próximo da sua cidade, realizar um cadastro no REDOME e coletar uma amostra de sangue para um exame chamado de tipagem HLA, um complexo de genes vinculados ao sistema imunológico de cada pessoa, e que estão implicados no processo do transplante da medula.

Os pré-requisitos para estar apto a doar são:

  • Ter entre 18 e 35 anos de idade (o doador permanece no cadastro até 60 anos e pode realizar a doação até esta idade);

  • Um documento de identificação oficial com foto;

  • Estar em bom estado geral de saúde;

  • Não ter nenhuma doença impeditiva para cadastro e doação de medula óssea (doenças relacionadas e informadas ao candidato no momento do cadastramento).

Você está pronto para fazer a diferença na vida de alguém? Ao se tornar um doador de células-tronco sanguíneas, você tem o poder de salvar uma vida!


Referências Bibliográficas:

  1. 1. World Marrow Donor Day. About WMDD. Disponível em: < https://worldmarrowdonorday.org/about-wmdd/ >.

  1. 2. World Marrow Donor Association. About WMDA. Disponível em: < https://wmda.info/about-wmda/ >.

  1. 3. REDOME – Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea. Transplante de Medula Óssea. Disponível em: < https://redome.inca.gov.br/sobre-transplante/transplante-de-medula-ossea/ >.

  1. 4. REDOME – Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea. A Busca por um Doador de Medula Óssea. Disponível em: < https://redome.inca.gov.br/paciente/a-busca-por-um-doador-de-medula-ossea/ >.