Por: Marcella Cristina Halliday Muniz - Teleconsultora Médica
Você sabia?
O primeiro “Mês de Conscientização sobre o Câncer de Mama” foi realizado em outubro de 1986, por iniciativa da Organização norte-americana Susan G. Komen. Cinco anos mais tarde, em uma corrida promovida pela mesma instituição, os participantes receberam um laço rosa para expressar a luta contra o câncer de mama, símbolo que permanece até os dias atuais ilustrando a campanha Outubro Rosa (1).
O Outubro Rosa é uma campanha que tem como foco conscientizar a população sobre o câncer de mama, disseminando informações sobre a doença e incentivando a realização de exames para seu rastreio e diagnóstico precoce.
O câncer de mama é o mais incidente na população feminina mundial e brasileira, excetuando-se os casos de câncer de pele não melanoma. Não há uma causa única para a doença, mas diversos fatores que aumentam o risco de desenvolvimento já são conhecidos, tais como idade (maior risco após os 50 anos); sobrepeso, obesidade, ingestão de bebidas alcoólicas, exposição à radiação (presente em exames ou tratamentos que usam raios-X; hereditariedade (destaque para casos da doença em parentes de primeiro grau) e exposição prolongada ao hormônio estrogênio (2).
O sintoma mais comum do câncer de mama é um nódulo fixo, geralmente indolor, duro e irregular. Esta é a forma como a doença se apresenta na maioria dos casos em que é percebida pela mulher. Outros sinais também servem de alerta para o diagnóstico, tais como lesão ou retração na pele da mama, mudança no formato do mamilo, saída espontânea de secreção mamilar, gânglios axilares (2).
As estratégias para a detecção precoce do câncer de mama são o diagnóstico precoce (através da abordagem de pessoas com sinais/ sintomas iniciais da doença) e o rastreamento (aplicação de exame em uma população sem sinais/sintomas sugestivos de câncer de mama, com encaminhamento de resultados anormais para investigação diagnóstica) (2).
Atualmente, a mamografia é considerada o exame padrão para o rastreamento do câncer de mama, sendo recomendada em mulheres de 50 a 69 anos, uma vez a cada dois anos (2).
E uma última informação…
São fatores protetores em termos de desenvolvimento do câncer de mama, a manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física e a abstinência de bebidas alcoólicas (3). Estas são atitudes que ajudam a reduzir o risco de desenvolver a doença!
Referências Bibliográficas:
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1. Susan G. Komen. Our Mission and History. Disponível em: < https://www.komen.org/about-komen/our-mission/ >.
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2. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Detecção precoce do câncer / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. – Rio de Janeiro : INCA, 2021. Disponível em: < https://www.inca.gov.br/publicacoes/livros/deteccao-precoce-do-cancer >.
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3. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Câncer de mama: vamos falar sobre isso? 6ª ed. 2021. Disponível em: < https://www.inca.gov.br/publicacoes/folhetos/cancer-de-mama-vamos-falar-sobre-isso-0 >.