26/05 – Dia Nacional de Combate ao Glaucoma

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Por: Marcella Cristina Halliday Muniz - Teleconsultora Médica 

O Dia Nacional de Combate ao Glaucoma chama a atenção para a importância do acompanhamento oftalmológico periódico como forma de detectar precocemente e tratar esta doença que é considerada a maior causa de cegueira irreversível em todo o mundo. Acomete 1 a 2% da população geral, aumentando sua incidência após os 40 anos de idade. O caráter hereditário confere aos parentes de 1º grau 10 vezes mais chances de desenvolver a doença (1).

O Telessaúde Sergipe traz uma seção de perguntas e respostas sobre o Glaucoma. Vem conferir!

O que é o glaucoma?

O glaucoma ocorre quando a pressão elevada no interior do olho, no decorrer de alguns anos, danifica as fibras do nervo da visão (chamado nervo óptico). Acomete frequentemente os dois olhos.

Existem fatores de risco que favorecem o aparecimento da doença, como idade avançada, hipertensão ocular, alta miopia, afrodescendentes e hereditariedade (1,2).

Como descobrir a doença?

Comumente não há sintomas nas fases iniciais do glaucoma. O diagnóstico ocorre a partir do exame oftalmológico, em que o médico faz a medida da pressão intra-ocular, o exame de fundo de olho e, quando necessário, solicita exames complementares (2).

Como pode ficar a visão de uma pessoa com glaucoma?

O portador do glaucoma não tratado começa a perder a visão periférica, ou seja, quando o indivíduo olha para a frente, enxerga nitidamente os objetos que estão distantes, porém, não vê o que está nas laterais. Seria como se o olho estivesse observando através de um tubo. À medida que a doença avança, sem tratamento, a visão central também vai sendo atingida e o glaucoma evolui então para a cegueira (2).

Como o glaucoma é tratado?

É uma doença crônica e que não tem cura, mas pode ser controlada com tratamento adequado e contínuo, objetivando controlar a pressão intraocular. Para isso, na maioria dos casos, utilizam-se colírios diariamente, mas pode-se recorrer também ao uso de laser ou cirurgias, de acordo com o tipo de glaucoma e estado no nervo óptico do paciente (2).

O que muda na vida de uma pessoa após o diagnóstico de glaucoma?

É fundamental que o paciente compreenda a importância de aderir ao tratamento de forma adequada, com a utilização do(s) colírio(s) diária e regularmente, além de consulta frequente com o oftalmologista, para avaliar o grau de evolução da doença e a resposta ao tratamento (3).

Estima-se que no Brasil existam 1 milhão de portadores de glaucoma (2). Para que consigamos diminuir o número de cegos por glaucoma no país, três medidas são essenciais (1):

Ampliar o conhecimento de toda a população sobre a doença;

Garantir que as pessoas que pertencem a grupos de risco (maiores de 50 anos, com histórico familiar da doença, afrodescendentes, pacientes com hipertensão ocular), sejam submetidos a um bom exame oftalmológico;

Garantir o acesso ao tratamento (com o fornecimento dos colírios necessários) e a educação dos pacientes sobre seu uso.

Referências Bibliográficas :

1. CBO – Conselho Brasileiro de Oftalmologia. As Condições de Saúde Ocular no Brasil 2019. 1 ed. 2019. ISBN: 978-8-56-210904-1. Disponível em: < https://www.cbo.com.br/novo/publicacoes/condicoes_saude_ocular_brasil2019.pdf >.

2. SBG – Sociedade Brasileira de Glaucoma. Material informativo para paciente: A Prevenção do Glaucoma. Disponível em: < https://www.sbglaucoma.org.br/material-informativo/ >.

3. CBO – Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Revista Veja Bem 19. Glaucoma: saiba como prevenir e tratar. Ano 07. 2019. Disponível em: < https://www.vejabem.org/uploads/arquivos/1585863133-5.PDF >.