17/05 – Dia Mundial da Hipertensão Arterial

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Por: Marcella Cristina Halliday Muniz - Teleconsultora Médica 

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Pressão do sangue é a força exercida pelo sangue circulante contra as paredes das artérias do corpo. A hipertensão arterial (popularmente conhecida como pressão alta) é uma condição médica grave, que aumenta significativamente o risco de doenças do coração, cérebro, rins e outros órgãos. Estima-se que 1,4 bilhão de pessoas em todo o mundo têm pressão alta, mas apenas 14% a têm sob controle (1).

A hipertensão arterial é uma doença crônica caracterizada pela elevação persistente da pressão arterial em níveis maiores ou iguais a 140/90mmHg, medida com a técnica correta, em pelo menos duas ocasiões diferentes, na ausência de medicamentos anti-hipertensivos. Constitui o principal fator de risco para doenças cardiovasculares, que são a principal causa de hospitalizações e mortes no Brasil e no mundo (2).

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde 2019, a proporção de indivíduos de 18 anos ou mais que referiram diagnóstico de hipertensão arterial no Brasil foi de 23,9%, correspondendo a 38,1 milhões de pessoas. A incidência da doença aumenta conforme a idade, chegando a 62% na população acima de 75 anos (3).

É uma doença de fácil diagnóstico e de tratamento eficaz, utilizando-se de um arsenal diversificado de medicamentos, bastante eficiente e com poucos efeitos adversos. Mas por ser frequentemente assintomática, a adesão à terapêutica e o controle da hipertensão são baixos (2).

Dietas não saudáveis, sedentarismo, consumo de álcool, fumo e excesso de peso são considerados fatores de risco para a hipertensão, e o foco em sua abordagem é positivo e necessário não só para a prevenção quanto para o tratamento da doença (1,2).

Um plano de tratamento abrangente para a hipertensão deve incluir, além da terapêutica farmacológica, a abordagem desses fatores de risco, principalmente por meio de modificações no estilo de vida. São elas (1,2):

– reduzir a ingestão de sal (para menos de 5g/dia);

– aumentar o consumo de frutas e legumes;

– praticar atividade física regularmente;

– evitar o tabagismo;

– reduzir o consumo de álcool;

– limitar a ingestão de alimentos ricos em gorduras saturadas;

– eliminar/reduzir as gorduras trans na dieta.

Lembre-se!

A hipertensão arterial é uma condição perfeitamente controlada com hábitos saudáveis, e com o uso adequado das medicações. Otimizar os índices de adesão ao tratamento anti-hipertensivo contribui para a diminuição da mortalidade relacionada à doença e dos custos com a assistência à saúde (2).

Referências Bibliográficas : 

1. WHO – World Health Organization‎. Guideline for the pharmacological treatment of hypertension in adults. 2021. Disponível em: < https://apps.who.int/iris/handle/10665/344424 >.

2. Barroso WKS, Rodrigues CIS, Bortolotto LA, Mota-Gomes MA, Brandão AA, Feitosa ADM, Machado CA, et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq. Bras. Cardiol. 2021;116(3):516-658. Disponível em: < https://abccardiol.org/wp-content/plugins/xml-to-html/include/lens/index.php?xml=0066-782X-abc-116-03-0516.xml&lang=pt-br >.

3. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa nacional de saúde 2019: percepção do estado de saúde, estilos de vida, doenças crônicas e saúde bucal: Brasil e grandes regiões / IBGE, Coordenação de Trabalho e Rendimento – Rio de Janeiro: IBGE, 2020. 113p. Disponível em: < https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=2101764 >.