Por: Vanessa Tavares de Gois Santos - Teleconsultora Odontóloga
Você sabia?
De 2007 a 2020, foram notificados 393.941 casos suspeitos de meningite. Destes, 265.644 casos de várias etiologias foram confirmados, sendo a meningite viral a mais frequente (121.955 casos) (1).
A meningite é considerada endêmica no Brasil. Acomete mais o sexo masculino e os casos da doença são esperados durante todo o ano, podendo ocorrer surtos epidemias ocasionais (1).
Bactérias, vírus, fungos e parasitas são os microrganismos causadores da inflamação que atinge as meninges, membranas que recobrem o cérebro e a medula espinhal do ser humano. A doença ainda pode ser causada por processos inflamatórios, como câncer (metástases para meninges), lúpus, reação a algumas drogas, traumatismo craniano e cirurgias cerebrais (1).
A transmissão ocorre de pessoa infectada a pessoa não-infectada. Os microrganismos são repassados através da fala, tosse, espirros e beijos; gotículas de secreções respiratórias. Também pode ocorrer a transmissão fecal-oral, através da ingestão de água e alimentos contaminados e contato com fezes (1,2). Indivíduos de qualquer idade podem ser afetados pela meningite. Bebês, crianças pequenas, adolescentes e idosos estão em maior risco (3).
Os sintomas são diferentes para cada tipo de meningite. Nas causadas por vírus o quadro é mais leve, assemelhando-se a resfriados, e atingindo principalmente crianças. Pode haver febre, dor de cabeça, irritação, rigidez na nuca. Os casos resolvem-se por si só, como em viroses. Já na meningite bacteriana os sintomas incluem enrijecimento da nuca com dificuldade de encostar o queixo no peito, somados a dores de cabeça e no pescoço, febre alta, vômitos, mal-estar, podendo ocorrer manchas pelo corpo (2).
A prevenção da doença inclui manter a vacina em dia, oferecida pela rede pública de saúde para as formas graves de meningite; permanecer em ambientes ventilados e sem aglomeração de pessoas, reforçar hábitos de higiene e não compartilhar objetos pessoais (3).
A meningite pode matar uma pessoa em 24h e deixar sequelas posteriores como perda de memória, de visão, surdez, paralisia, danos a órgãos cerebrais (3). As formas de tratamento dependem do agente causador. Entre 2007 e 2020 ocorreram 5.581 óbitos por meningite, resultando em uma taxa de letalidade total de 21% (1).
A data 24/04 foi instituída como Dia Mundial da Meningite visando difundir informações sobre a doença para que haja maior conscientização, prevenção e diagnóstico rápido, evitando maiores taxas de mortalidade e morbidade.
“Os sintomas da meningite podem ser confundidos com outras infecções por vírus e bactérias!
Procure orientação médica o mais breve possível! Cuide-se!”
Referências Bibliográficas:
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1. Ministério da Saúde. Saúde de A a Z – Meningite. Notícias. 2021. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/m/meningite-1/meningite#:~:text=No%20Brasil%2C%20entre%20os%20anos,etiologia%20bacteriana%20(87.993%20casos).
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2. Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde – BVS. Notícias. 24/4 – Dia Mundial da Meningite: derrotar a meningite. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/24-4-dia-mundial-da-meningite-derrotar-a-meningite/
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3. Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde – BVS. Notícias. 24/4 – Dia Mundial da Meningite. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/24-4-dia-mundial-da-meningite/
