Por: Marcella Cristina Halliday Muniz - Teleconsultora Médica
Você sabia?
A doença de Parkinson, foi descrita no ano de 1817, pelo médico inglês James Parkinson. É considerada a segunda doença neurodegenerativa mais comum na população idosa em todo o mundo, superada apenas pela doença de Alzheimer (1).
O Parkinson é uma doença crônica e progressiva do sistema nervoso central, decorrente da morte de células cerebrais (neurônios) na área conhecida como substância negra. Acomete pessoas geralmente entre 50 e 80 anos de idade, sendo mais prevalente nos homens (1,2). Os sintomas surgem e progressivamente vão piorando, uma vez que a taxa estimada de morte neuronal é da ordem de 10% ao ano (2).
Não se sabe a causa da doença, porém estudos recentes relacionam alguns defeitos genéticos que tornam os indivíduos mais sensíveis a fatores ambientais que possam provocar a doença, tais como o contato com agrotóxicos e resíduos químicos (2,3).
Suas principais manifestações são motoras e incluem tremor de repouso, lentidão dos movimentos, rigidez das articulações e perda de equilíbrio.
Podem ocorrer ainda, sinais e sintomas não motores, tais como alterações do olfato, distúrbios do sono, hipotensão postural, constipação, mudanças emocionais, depressão, ansiedade, sintomas psicóticos, prejuízos cognitivos e demência, entre outros (1-3).
A evolução, a gravidade e a progressão dos sintomas da doença de Parkinson variam de um paciente para outro, e até o momento, não se dispõe de um exame específico para detectar a doença, sendo seu diagnóstico feito através do exame clínico do paciente (2,3).
Atualmente, não existem terapêuticas capazes de diminuir o processo de degeneração dos neurônios, tampouco de substituir os neurônios perdidos. O tratamento da doença de Parkinson deve ser individualizado, objetivando melhorar os sintomas da doença. Há uma maior eficácia para os sintomas motores (1).
Além do tratamento medicamentoso, a prática de exercícios físicos, por modificar o funcionamento do cérebro, aprimora a memória recente e atua positivamente sobre as alterações da marcha e lentidão dos movimentos características da doença, propiciando aos pacientes uma melhora na qualidade de vida (3).
O acompanhamento multidisciplinar é muito importante no manejo da doença de Parkinson. A atuação conjunta de profissionais das áreas de neurologia clínica, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, auxilia no desempenho de atividades cotidianas dos portadores da doença, proporcionando melhoria das condições de vida do indivíduo como um todo.
Referências Bibliográficas:
-
1. CABREIRA V, et al. Doença de Parkinson: revisão clínica e atualização, Acta Med Port 2019 Oct;32(10):661–670. Disponível em: < https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31625879/ >
-
2. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Conjunta n° 10, de 31 de outubro de 2017: aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Doença de Parkinson. Disponível em: < https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/protocolos-clinicos-e-diretrizes-terapeuticas-pcdt/arquivos/2017/pcdt_doenca_de_parkinson_2017.pdf >
-
3. Grupo de Pesquisa e Extensão Pró-Parkinson. Manual de Orientações para Pessoas com Doença de Parkinson. Organizadores: Asano, AGC; Asano, NMJ; Coriolano, MGWS. 4ed. 2019. Disponível em: < https://proparkinson.wordpress.com/manual/ >






