Por: Marcella Cristina Halliday Muniz - Teleconsultora Médica
Asma é uma doença respiratória causada por inflamação crônica das vias aéreas inferiores. Este processo inflamatório gera aumento da responsividade dessas vias e provoca os sintomas típicos da doença: falta de ar ou dificuldade para respirar; sensação de aperto/peso no peito; chiado no peito; tosse (1,2).
Embora não exista cura, existem tratamentos que melhoram os sintomas e proporcionam o controle efetivo da doença, permitindo que a maioria dos asmáticos possam levar uma vida normal, exatamente igual a de pessoas da mesma idade que são saudáveis e não têm asma.
O principal objetivo do tratamento é o controle da doença; isto significa prevenir a ocorrência de crises e limitações físicas relacionadas ao quadro, preferencialmente com pouca ou nenhuma necessidade de medicamentos (1). Evitar o contato com gatilhos, fatores capazes de desencadear sintomas de asma, é um dos pilares do tratamento da doença.
Você já ouviu falar sobre os gatilhos da asma? Neste Dia Nacional do Controle da Asma, o Telessaúde Sergipe traz um enfoque sobre este tema. Vem conferir!
Os gatilhos da asma são fatores capazes de desencadear sintomas de asma quando um indivíduo asmático se expõe a eles. Alguns gatilhos apenas pioram os sintomas, outros pioram também a inflamação das vias aéreas. Os principais gatilhos da asma são (2,3):
– Ácaros: organismos microscópicos que se alimentam de descamação da pele humana, de pêlos de animais e de mofo. Os ácaros habitam locais onde há acúmulo de poeira como: colchões e travesseiros, carpetes, bichos de pelúcia, estantes, papéis e até animais de pêlo. Ácaros e seus excrementos pioram a asma por aumentar a inflamação dos brônquios.
– Fungos: organismos que crescem em ambientes quentes e úmidos, como sistemas de ar condicionado, paredes de banheiros, fendas de superfícies. Misturam-se com a poeira dos carpetes, colchas, livros e refrigeradores. Também pioram a asma por aumentar a inflamação dos brônquios.
– Pólens: gatilhos comuns (flores, gramas, árvores) que predominam fora de casa, sendo carregados pelo vento. A polinização acontece após períodos de chuva prolongada seguidos de um clima seco, sendo comum na primavera. Os pólens também pioram a asma por aumentar a inflamação dos brônquios.
– Animais de estimação: os pêlos de animais podem piorar a asma, mas o grau e a frequência da exposição é que determinarão os sintomas. Além dos pêlos, a descamação da pele do animal, a saliva, a urina e outros tipos de excreções podem ser gatilhos da asma e essas podem ficar no ambiente por até seis meses após a retirada do animal. Alguns animais são considerados capazes de provocar alergias mais do que outros, tais como gatos e cavalos.
– Fezes de barata: a exposição pode provocar tanto sintomas de asma, quanto aumento da inflamação dos brônquios.
– Infecções virais (respiratórias): são capazes de causar sintomas de asma ou de piorá-la. Alguns asmáticos são mais sensíveis do que outros.
– Fumaça de cigarro: além de aumentar os sintomas, também pode aumentar a inflamação dos brônquios, sendo prejudicial aos asmáticos, mesmo se não fumantes. Asmáticos filhos de pais fumantes estão sujeitos a piora dos sintomas e da própria gravidade da asma.
– Exposição ao ar frio: ar muito frio e seco pode desencadear sintomas de asma por irritação das vias aéreas.
Referências Bibliográficas:
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1. Ministério da Saúde. Linhas de Cuidado – Asma: definição. Disponível em: < https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/asma/definicao/ >.
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2. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Espaço Saúde Respiratória – Asma. Disponível em: < https://sbpt.org.br/portal/espaco-saude-respiratoria-asma/ >.
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3. Ministério da Saúde. Linhas de Cuidado – Asma: APS – Vigilância em Saúde. Disponível em: < https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/asma/unidade-de-atencao-primaria/vigilancia-saude/ >.