Por: Marcella Cristina Halliday Muniz - Teleconsultora Médica
Você sabia?
Em memória ao falecimento de Michael Jackson e sua luta contra o vitiligo, em 25 de junho de 2011 realizou-se um evento na Nigéria chamado Vitiligo Purple Fun Day, com o objetivo de aumentar a conscientização e desmascarar os mitos comuns relacionados à doença. A partir de então, junho tornou-se conhecido como o Mês da Conscientização do Vitiligo, e no dia 25 celebra-se oficialmente o Dia Mundial do Vitiligo (1).
O vitiligo, também chamado de ‘leucoderma’, é uma doença não transmissível, geralmente progressiva, que faz com que uma área da pele perca sua cor (pigmentação), o que resulta na aparência da área branca ou rosada. É a forma mais comum de distúrbios pigmentares, afetando igualmente todas as raças, e embora acometa qualquer faixa etária, 95% das pessoas que têm vitiligo desenvolvem a doença antes dos 40 anos de idade (2-3).
A causa do vitiligo não é conhecida. Acredita-se que a doença seja desencadeada por uma combinação de genética e fatores ambientais, e que esteja ligada a condições autoimunes, nas quais o sistema imunológico do indivíduo ataca seus próprios tecidos saudáveis “por engano”, em vez de células estranhas, como vírus ou bactérias (3).
O vitiligo pode aparecer em qualquer parte do corpo, e os primeiros sinais podem estar em uma área da pele que recebeu grandes danos causados pelo sol. O mais provável é que se desenvolva em algumas das seguintes áreas: olhos, narinas, umbigo, cotovelos e áreas genitais; ou ainda nas regiões de dobras como joelhos e cotovelos, podendo ter um padrão focal ou, mais comumente, afetando ambos os lados do corpo (quadro chamado vitiligo ‘universal’) (3).
A doença não tem cura, mas pode ser controlada. As opções de tratamento atualmente disponíveis incluem medicamentos tópicos ou orais, fototerapia, microcirurgia, técnicas de despigmentação. Esta variedade de métodos pode ajudar a restaurar a pigmentação, embora o resultado possa não ser permanente ou mesmo não se consiga impedir a propagação das manchas (2-3).
Desmistificando o vitiligo…
Uma pergunta comum em termos de vitiligo é se é contagioso. A resposta é NÃO, você não pode pegá-lo e também não pode transmiti-lo ao tocar em alguém!
Outros mitos que precisam ser desfeitos:
O vitiligo NÃO está ligado ao câncer, ao albinismo ou à hanseníase.
O vitiligo NÃO é uma doença infecciosa.
O vitiligo NÃO é uma condição fisicamente prejudicial (3).
Referências Bibliográficas:
- 1. Vitiligo Research Foundation. World Vitiligo Day – A Brief History. Atualizado em: 17 jan. 2020. Disponível em: < https://vrfoundation.org/news_items/world-vitiligo-day-a-history >.
2. Vitiligo Research Foundation. Treatment Guidelines. Disponível em: < https://vrfoundation.org/treatment_guidelines >.
3. Vitiligo Society. What you need to know about vitiligo. Disponível em: < https://vitiligosociety.org/about-vitiligo/#what-is-vitiligo >.
