Pela Enf.ª Lays Ferraz (Enfermeira Teleconsultora)
No dia 29 de agosto, é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Fumo, data que nos leva a refletir a respeito dos riscos do tabagismo para a sociedade. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o tabaco mata mais que doenças como malária, AIDS e tuberculose juntas. O que mais preocupa é que, na maioria dos casos, o fumante conhece os malefícios, mas não possui a intenção de parar o uso.
Riscos do fumo
O fumo causa muitos danos à saúde humana, principalmente no que diz respeito ao sistema respiratório. Ao utilizar cigarro, charuto, cachimbo e outros derivados do tabaco, estamos colocando no nosso organismo mais de 4.000 substâncias tóxicas, incluindo nicotina, monóxido de carbono e alcatrão.
A nicotina é a substância que causa dependência química. Ela causa sensações agradáveis no corpo, o que faz o usuário querer a substância sempre mais. Com o tempo, o organismo passa a necessitar daquela substância, ocasionando, assim, a dependência e o consumo exagerado, que pode levar a doenças sérias no organismo.
Entre as doenças que podem acometer o fumante, podemos citar:
- -diversos tipos de câncer, tais como o de pulmão (um dos tipos mais letais), traqueia e -brônquios;
- -osteoporose;
- -impotência sexual no homem;
- -infertilidade na mulher;
- -hipertensão;
- -trombose;
- -problemas na gestação;
- -úlcera, entre outros.
Vale citar ainda que o fumante passivo também apresenta grandes chances de desenvolver os problemas relacionados com o fumo.
Há cada vez mais evidências apontando para o risco potencial associado ao hábito de fumar. As pessoas fumam por vários motivos e para lidar com diversas situações e, aprender a identificar essas situações é fundamental para poder enfrentá-las e superá-las. Existem diversos métodos para deixar de fumar e procurar a ajuda profissional irá elevar as chances de cessar o fumo e fará com que o processo de parada seja mais fácil.
Apesar de o fumo causar dependência, é possível, sim, parar de fumar. No Sistema Único de Saúde (SUS), existe tratamento com uma abordagem cognitivo-comportamental, auxiliando o fumante a desenvolver formas de parar e permanecer sem o fumo. Algumas vezes, no entanto, são necessários medicamentos, os quais também são disponibilizados pelo SUS.
Referências Bibliográficas:
Instituto Nacional de Câncer. Observatório da Política Nacional de Controle do Tabaco. https://www.inca.gov.br/observatorio-da-politica-nacional-de-controle-do-tabaco/mercado-ilegal (acessado em 07/Ago/2024).
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Ipeadata.http://www.ipeadata.gov.br (acessado em 04/Ago/2024).